Post by Deleted on Jan 14, 2014 11:07:34 GMT -3
Diário de um soldado.
TAKISTAN 16h12minh...
O dia hoje foi de extrema tensão, todo o regimento estava ainda a caminho de nossa base e éramos só quatro bravos homens (eu, um medico, um antitanque e nosso coronel)... Recebemos ordens expressas do comando superior para deslocamento das tropas até a margem da red-zone! “quatro homens...” O nosso coronel nos ordenava de forma branda que fizéssemos os preparativos para o deslocamento. O coração ganhava só naquele momento, um estonteante acelerar de batimentos cardíacos, como se nos ainda estivéssemos precisando... Olhando para as veias alteradas da garganta de nosso coronel em seu ápice de fôlego com seu ordenar, percebia em câmera-lenta os movimentos de seu maxilar e os respingos de saliva que cintilava com o reflexo do sol da tarde de Takistan.
O sol era à frente de batalha certamente, nos castigava de forma severa pior que qualquer crime de guerra, pior que qualquer tortura... As queimaduras eram sérias, vi amigos serem consumidos em combustão instantânea... Os berros de dores por conta das queimaduras já nos deixavam com a sensação de batalha comprometida, pois naquele momento o ambiente era aliado do inimigo.
Já dentro de nosso helicóptero de deslocamento, tudo vibrava o medo de sermos atingido por alguma coisa, estava ao qualquer mirar, momentos de relances pairavam em nossas mentes: família, filhos, amores... Após uma turbulência, um piscar de olhos, volto à realidade, “estou em vou...” em destino ao que sempre quero acreditar que iremos voltar!
Na chegada onde acharíamos que teríamos tempo para ao menos esticarmos as pernas de um vou que por um triz não caímos, fomos recepcionados por um blindado, e neste momento o reflexo saturado pelo treinamento e forma de vida, faz simbiose e toma controle sobre sua carcaça vulnerável... Fomos vitoriosos, conseguimos eliminar o inimigo “blindado” sem mais problemas! “mal sabíamos o que nos esperávamos mais a frente...”.
Estafados, chegamos ao inicio de batalha, o silêncio era certamente o canto da sereia, o calor era sufocante. Tirei o meu elmo para tentar sentir uma brisa que aqui passava, minha (MG. 249 SAW), posição ordenada pelo meu superior, estava extremamente quente sem nem ter disparado, minha visão distorcida pelo calor no horizonte, nos faz multiplicar a quantidade de inimigos em nossa frente... Um momento de alívio, surge pelo rádio um contato, era reforço.
Discretos traços de satisfação eram percebidos por nos, naquele momento qualquer ajuda era ainda muito pouca...
Não podiam ser diferentes, as guerras, os combates, são todos iguais, alguém vai morrer e alguém vai viver, simples assim. Vi e ouvir meus amigos novos e velhos caindo, agonizando, vegetando em suas trincheiras ou suas tentativas de abrigo, o inimigo foi implacável, sem qualquer respeito ao oponente. Minha arma sendo disparada, gritava em meu lugar, não tinha voz, não tinha palavras, mim observava sendo consumido pelo momento na qual não era bom, além dos blindados duas aeronaves massacrava um casebre onde mim encontrava, sinto o meu fim....
TAKISTAN 16h12minh...
(Capítulo anterior...)
“Não podiam ser diferentes, as guerras, os combates, são todos iguais, alguém vai morrer e alguém vai viver, simples assim. Vi e ouvir meus amigos novos e velhos caindo, agonizando, vegetando em suas trincheiras ou suas tentativas de abrigo, o inimigo foi implacável, sem qualquer respeito ao oponente. Minha arma sendo dispara, gritava em meu lugar, não tinha voz, não tinha palavras, mim observava sendo consumido pelo momento na qual não era bom, além dos blindados duas aeronaves massacrava um casebre onde mim encontrava, sinto o meu fim...”.
Tinha apagado, por um momento infeliz, achei que estava tendo um daqueles pesadelos intermináveis onde acordamos com sede e todo suado, pois um certo silêncio se apresentava de prontidão ao meu redor. “Antes fosse”, naquele momento o meu maior desejo era que estivesse realmente sonhando. Ainda estava no casebre... Ainda estava no inferno...
Levantei-me e ainda estava no casebre que se mantém firme em meio aos ataques cruéis do senhor da guerra. Olhei cuidadosamente sobre uma ventana ainda tremulo e adormecido pelos choques de ar das explosões, e contemplei o que poderia ser a visão mais aterrorizante que um homem poderia ver, “um cenário de vidas retiradas...” .
Aquele momento tudo veio à tona, dores, sentimentos, raivas, frieza... Sereno sobre a situação dei uma boa olhada em volta do casebre e de repente! Vi dois amigos mortos “Borges” e o “Sub.Ten. Joaoafs” (Joaoafs, um velho amigo de batalhas...) eram os nomes deles (sem palavras no momento).
No rádio só se ouvia estática, no olhar só se via o horror, na mente só manifestava a incerteza. Ajoelhado ali, perto do corpo dos meus amigos Borges e o Sub. tenente, passei minha mão calçada com a luva em meu rosto para limpar parte dos sangramentos sofridos, quando o inesperado aconteceu, o comando e sua inteligência tinha mandado um ataque por meio aério dizimando completamente as forças hostis. Ver aquela aeronave amiga sobrevoando o local e mantendo nossa superioridade sobre o inimigo foi ver Deus entre os homens de boa fé...
O alívio era bom o silêncio ainda era um tormento, o local cheirava sangue, os abutres terão o que comer hoje...
Recebi contato pelo rádio, ainda que fraco, era o que qualquer um de nós gostaríamos de ouvir: “Atenção senhores, missão concluída com sucesso, retorne ao ponto de extração” aquilo soava como uma musica boa que toca no rádio, como a voz de nossa mãe nos acolhendo. Já dentro do helicóptero não éramos mais o mesmo contingente... Não éramos mais os mesmo... Já não ligava mas para o vibrar da aeronave a vontade de chegar à base era maior que qualquer coisa.
CONTINUA...
Diário de um soldado - Segunda Parte!
TAKISTAN 16h12minh...
(Capítulo anterior...)
“Não podiam ser diferentes, as guerras, os combates, são todos iguais, alguém vai morrer e alguém vai viver, simples assim. Vi e ouvir meus amigos novos e velhos caindo, agonizando, vegetando em suas trincheiras ou suas tentativas de abrigo, o inimigo foi implacável, sem qualquer respeito ao oponente. Minha arma sendo dispara, gritava em meu lugar, não tinha voz, não tinha palavras, mim observava sendo consumido pelo momento na qual não era bom, além dos blindados duas aeronaves massacrava um casebre onde mim encontrava, sinto o meu fim...”.
Tinha apagado, por um momento infeliz, achei que estava tendo um daqueles pesadelos intermináveis onde acordamos com sede e todo suado, pois um certo silêncio se apresentava de prontidão ao meu redor. “Antes fosse”, naquele momento o meu maior desejo era que estivesse realmente sonhando. Ainda estava no casebre... Ainda estava no inferno...
Levantei-me e ainda estava no casebre que se mantém firme em meio aos ataques cruéis do senhor da guerra. Olhei cuidadosamente sobre uma ventana ainda tremulo e adormecido pelos choques de ar das explosões, e contemplei o que poderia ser a visão mais aterrorizante que um homem poderia ver, “um cenário de vidas retiradas...” .
Aquele momento tudo veio à tona, dores, sentimentos, raivas, frieza... Sereno sobre a situação dei uma boa olhada em volta do casebre e de repente! Vi dois amigos mortos “Borges” e o “Sub.Ten. Joaoafs” (Joaoafs, um velho amigo de batalhas...) eram os nomes deles (sem palavras no momento).
No rádio só se ouvia estática, no olhar só se via o horror, na mente só manifestava a incerteza. Ajoelhado ali, perto do corpo dos meus amigos Borges e o Sub. tenente, passei minha mão calçada com a luva em meu rosto para limpar parte dos sangramentos sofridos, quando o inesperado aconteceu, o comando e sua inteligência tinha mandado um ataque por meio aério dizimando completamente as forças hostis. Ver aquela aeronave amiga sobrevoando o local e mantendo nossa superioridade sobre o inimigo foi ver Deus entre os homens de boa fé...
O alívio era bom o silêncio ainda era um tormento, o local cheirava sangue, os abutres terão o que comer hoje...
Recebi contato pelo rádio, ainda que fraco, era o que qualquer um de nós gostaríamos de ouvir: “Atenção senhores, missão concluída com sucesso, retorne ao ponto de extração” aquilo soava como uma musica boa que toca no rádio, como a voz de nossa mãe nos acolhendo. Já dentro do helicóptero não éramos mais o mesmo contingente... Não éramos mais os mesmo... Já não ligava mas para o vibrar da aeronave a vontade de chegar à base era maior que qualquer coisa.
CONTINUA...
Diário de um soldado
Relembrando!...
“Recebi contato pelo rádio, ainda que fraco, era o que qualquer um de nós gostaríamos de ouvir: “Atenção senhores, missão concluída com sucesso, retorne ao ponto de extração” aquilo soava como uma musica boa que toca no rádio, como a voz de nossa mãe nos acolhendo. Já dentro do helicóptero não éramos mais o mesmo contingente... Não éramos mais os mesmos... Já não ligava mais para o vibrar da aeronave, a vontade de chegar à base era maior que qualquer coisa.”
ALTIS 14:35…
Para alguns em suas perspectivas, é um galgar de vitórias, para mim, só mais uma necessidade do alto comando junto ao governo em utilizar de meus bons serviços prestados…
E agora como soldado especial, faço parte de uma equipe de mergulhadores!.
Sempre vi o mar como um parceiro do dia dia, um amigo. Criado próximo do litoral, dominava apneia, pesca submarina, direção das correntes… “O Deus da guerra é sábio em escolher os seus filhos...”.
Ainda em meu alojamento, deitado, olhando para uma cicatriz em minha perna, onde sinto reflexos de dores, quando lembro do dia em que estava naquele casebre… recebo um envelope timbrado…, bem..., todos aqui sabem o que significa. Convocado para uma missão às 14:35 do dia seguinte, mau deu para ao menos ligar para minha família, para meus filhos, para minha esposa…, “minha pátria é mais importante…”
Já na pista de decolagem de nossa base, em mirar das hélices do UH-80 stealth hawk, em seu pleno funcionamento, embarcamos e decolamos sem pestanejar direto para a missão, “acabou o tempo e que nos desejavam boa sorte”.
Minutos antes do desembarque, nosso comando “Taurus.45”, refratava nossa designação pois havia uma equipe de solo presente no stealth hawk. É agora, nosso piloto dá o sinal de desembarque, eu e meu companheiro de equipe o “Matt”, pulamos há 16 metros de altura do stealth hawk para o fundo mar, o salto parece não terminar até tocar o espelho d´água, confesso que é fascinante ver aquela mancha negra do hwalk em baixo d´água.
Tudo é tranquilo aqui embaixo, em meio piscar, lembro de alguns vermelhos que capturei para um jantar diferente em minha juventude!...
Relembrando!...
“Recebi contato pelo rádio, ainda que fraco, era o que qualquer um de nós gostaríamos de ouvir: “Atenção senhores, missão concluída com sucesso, retorne ao ponto de extração” aquilo soava como uma musica boa que toca no rádio, como a voz de nossa mãe nos acolhendo. Já dentro do helicóptero não éramos mais o mesmo contingente... Não éramos mais os mesmos... Já não ligava mais para o vibrar da aeronave, a vontade de chegar à base era maior que qualquer coisa.”
ALTIS 14:35…
Para alguns em suas perspectivas, é um galgar de vitórias, para mim, só mais uma necessidade do alto comando junto ao governo em utilizar de meus bons serviços prestados…
E agora como soldado especial, faço parte de uma equipe de mergulhadores!.
Sempre vi o mar como um parceiro do dia dia, um amigo. Criado próximo do litoral, dominava apneia, pesca submarina, direção das correntes… “O Deus da guerra é sábio em escolher os seus filhos...”.
Ainda em meu alojamento, deitado, olhando para uma cicatriz em minha perna, onde sinto reflexos de dores, quando lembro do dia em que estava naquele casebre… recebo um envelope timbrado…, bem..., todos aqui sabem o que significa. Convocado para uma missão às 14:35 do dia seguinte, mau deu para ao menos ligar para minha família, para meus filhos, para minha esposa…, “minha pátria é mais importante…”
Já na pista de decolagem de nossa base, em mirar das hélices do UH-80 stealth hawk, em seu pleno funcionamento, embarcamos e decolamos sem pestanejar direto para a missão, “acabou o tempo e que nos desejavam boa sorte”.
Minutos antes do desembarque, nosso comando “Taurus.45”, refratava nossa designação pois havia uma equipe de solo presente no stealth hawk. É agora, nosso piloto dá o sinal de desembarque, eu e meu companheiro de equipe o “Matt”, pulamos há 16 metros de altura do stealth hawk para o fundo mar, o salto parece não terminar até tocar o espelho d´água, confesso que é fascinante ver aquela mancha negra do hwalk em baixo d´água.
Tudo é tranquilo aqui embaixo, em meio piscar, lembro de alguns vermelhos que capturei para um jantar diferente em minha juventude!...
Continua!...